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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Brasil e China

Se o apoio da torcida é o que está faltando para a Seleção Brasileira jogar um bom futebol, então vai ter espetáculo hoje, às 22h no Recife, no amistoso contra a seleção da China, com transmissão ao vivo da TV Verdes Mares.

 

Pressionado pela torcida e questionado pela imprensa, Mano ensaia fazer uma mudança no time titular: Hulk no lugar de Leandro Damião Foto: Reuters

Desde a madrugada de sábado, quando puseram os pés na capital pernambucana, os jogadores e mesmo o técnico Mano Menezes têm sido tratados pelos torcedores com o carinho que tanto pediram.

Portanto, pela própria lógica dos protagonistas, vai ser difícil arranjar uma desculpa convincente caso falte futebol na partida no estádio do Arruda.

Um exemplo do entusiasmo da torcida foi dado ontem, no treino realizado no estádio do Santa Cruz, com os portões abertos. Quando os jogadores entraram em campo, foram recebidos com gritos e aplausos - a maioria do cerca de 10 mil torcedores se pôs de pé para aplaudir os atletas e a histeria aumentou quando foram saudados por eles.

Sem público
O único problema é que o Arruda corre risco de não receber grande público. Até o fim da tarde de ontem, apenas 9.800 dos 55 mil ingressos disponíveis haviam sido vendidos.

O fato de o jogo ser disputado na noite de uma segunda, os preços dos bilhetes (entre R$ 30 e R$ 250) e, de certa maneira, a descrença na equipe foram apontados como fatores que andam afugentando os torcedores.

Nem mesmo o fato de os portadores de cartão do programa Todos com a Nota, do governo estadual, poderem pagar meia-entrada está animando a torcida.

Seja como for, a Seleção tem ótima oportunidade de apagar, ao menos um pouco, a má impressão deixada na vitória por 1 a 0 sobre a África do Sul, na última sexta, no Morumbi, quando o time foi bastante vaiado. Se bem que Mano Menezes e os jogadores já tratam de prevenir para o caso de o futebol da Seleção continuar escondido.

A expectativa é de que a China monte uma retranca ainda maior do que a feita, no entender dos brasileiros, pela África do Sul. Citam como exemplo, os jogos dos chineses contra a Espanha e a Suécia, quando perderam apenas por 1 a 0 - há 25 dias, o Brasil fez 3 a 0 nos suecos.

"A Espanha tem uma das melhores seleções do mundo, indiscutivelmente, e teve dificuldade. Só fez o gol no final da partida. A Suécia também teve problemas", lembrou o técnico.

Mudanças
No treino, Mano ensaiou fazer ao menos uma mudança no time titular para o jogo contra a China. O treinador treinou com Hulk no lugar de Leandro Damião. Mas não foi uma simples mudança de atacantes. A entrada do autor do único gol contra a África do Sul alterou a função tática dos jogadores no ataque.

Neymar foi deslocado para ser a referência do ataque, posicionado ao centro e à frente de uma linha formada por Hulk, pela direita, Oscar, pelo meia, e Lucas, pela esquerda. Embora o desenho tático seja o mesmo do jogo contra os sul-africanos, nenhum dos jogadores estava na mesma posição.

No Morumbi, Oscar começou como segundo volante e Ramires estava na meia esquerda. Lucas, que ontem treinou nesse setor, começará o amistoso anterior atuando pela direita.

Durante cerca de meia hora, Mano Menezes orientou o time que deverá começar a partida contra a China em um treino tático de movimentação. Ele ensaiou jogadas e pedia a passagem dos laterais, que se alternavam com os meias pelos lados. Marcelo, fazendo dupla pela esquerda com Lucas, foi mais ao ataque do que Daniel Alves, parceiro de Hulk na direita. 
Fonte: DN

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